Você provavelmente já sabe que a Amazon é, neste ano, a marca mais valiosa do mundo pelo terceiro ano consecutivo, ultrapassando empresas igualmente renomadas e queridinhas como Apple e Google. Surpreendente, não?!

 

A Amazon foi fundada em 1994 por Jeff Bezos (hoje o homem mais rico do mundo) para o comércio de livros pela internet. Desde a sua fundação, com uma cultura organizacional de incentivo à inovação e com obsessão pelo cliente, o crescimento da empresa se tornou exponencial.

 

A marca mais valiosa do mundo, além de reinventar o modo de compra, criou o leitor de e-book de maior sucesso no mundo, o Kindle, bem como é líder no mercado de computação em nuvem e de dispositivos domésticos inteligentes. A Alexa, por exemplo, é o mais novo sonho de consumo de boa parte das pessoas, e eu me incluo nessa!

 

E detalhe: eu só descobri todos esses fatos e dimensão da Amazon a partir da leitura de “As cartas de Bezos”. Até então, eu não era uma admiradora da marca, mas o resultado da finalização da obra de Steve Anderson não poderia ser diferente.

O livro “As cartas de Bezos”

A obra foi escrita por Steve Anderson, especialista em risco, tecnologia, produtividade e inovação, em conjunto com Karen Anderson, a partir de uma análise profunda e minuciosa das 22 cartas que Jeff Bezos escreveu aos acionistas da Amazon ao longo dos anos.

O autor nunca trabalhou na Amazon e sequer conhece Jeff Bezos (até o lançamento do livro, pelo menos, conforme ele mesmo relata), mas pela experiência analisando negócios e riscos, identificou nas cartas aos acionistas de Bezos a estratégia utilizada pela empresa nos últimos 25 anos para crescer como nenhuma outra corporação.

 

Eu recomendo, firmemente, que você faça a leitura do livro “As cartas de Bezos” se tiver interesse por empreendedorismo, gestão, negócios e inovação. Muito mais do que ter Bezos como mentor, pensando como ele, a leitura dessa obra faz contextualizações e abordagens excepcionais. Coloque na sua lista de leitura e depois me conte o que achou!

 

Mas o que “As cartas de Bezos” diz, no final das contas?

A partir da leitura das cartas escritas por Jeff Bezos aos acionistas e também pelo estudo que o autor fez sobre a vida do fundador, o autor elenca de forma amplamente fundamentada os 14 princípios de crescimento da Amazon.

Basicamente: o que a Amazon faz e como faz para ser a empresa mais valiosa do mundo.

 

Há muitos fatos e princípios relevantes nesse livro, e por isso eu decidi focar em apresentar neste post apenas quatro, de muitas, lições que eu tive ao ler ele, com o objetivo de proporcionar algum insight ou até mesmo te inspirar a fazer a mesma leitura.

 

As 4 principais lições que eu extraí de “As cartas de Bezos”

Dentre várias lições que extraí de “As cartas de Bezos”, as principais foram:

  1. Atenção às oportunidades;

  2. Não ter medo de errar;

  3. Focar no que realmente importa;

  4. O caminho do sucesso é simplificar. 

Atenção às oportunidades

Jeff Bezos teve a ideia de criar uma loja on-line de livros quando soube que o uso da internet crescia a uma taxa de 2.300% ao ano. Até então, não se tinha o conhecimento de nada que crescesse tão rápido.

 

Nessa época, com 30 anos e um ano de casado, Bezos tinha um bom emprego e salário. Mesmo assim, viu nas estatísticas do crescimento da internet a possibilidade de criar algo praticamente impossível no mundo off-line: uma livraria com milhões de títulos disponíveis.

 

Lição: quão atentos estamos à evolução e necessidades do mercado? A observação das tendências e novidades é algo muito importante para aproveitar grandes oportunidades. Se nos mantermos em nossas bolhas de conhecimento, sem tentar ir além, muito provavelmente iremos apenas assistir surpresos as transformações, sem ter tido a possibilidade de aproveitá-las.

 

Não ter medo de errar

O processo de tentar algo novo é sempre um risco: pode dar certo ou não. Contudo, o medo de assumir riscos e falhar é paralisante e inútil na caminhada para o sucesso.

 

Nas palavras de Steve Anderson: “[…] é no processo de falhar e aprender com o fracasso que acontecem os aprendizados mais profundos”.

 

Lição: é preciso assumir riscos se quisermos fazer diferente da maioria e nos destacarmos de algum modo. Se a ideia não der certo, na pior das hipóteses, o fracasso deve ser considerado como aprendizado e combustível para novas tentativas.

 

Focar no que realmente importa

O que realmente importa para a Amazon são os seus clientes, a experiência e satisfação deles ao comprar na loja on-line ou utilizar dos seus outros produtos ou serviços.

 

O objetivo da Amazon é este desde o princípio: ter obsessão pelo cliente. É a partir desse olhar sobre o consumidor que a Amazon rege suas iniciativas para atender as suas necessidades. A Amazon quer que os seus clientes sejam felizes e não se importa muito com a concorrência. O foco da Amazon está no cliente.

 

Lição: muitas vezes focamos nas coisas ou pessoas erradas enquanto caminhamos em busca do sucesso. Damos atenção ao que os concorrentes ou outras pessoas podem estar falando, duvidando da nossa iniciativa, etc.

 

Esses fatores não importam realmente e não deve ser o foco das nossas atenções.

 

Qual é o propósito dos nossos produtos e/ou serviços? Será que estamos focando genuinamente nisso? Não podemos dispersar dessa intenção se almejamos o sucesso.

 

O caminho do sucesso é simplificar

Temos a mania de querer tornar tudo mais complexo: a tomada de uma decisão, a ideia de um produto ou serviço, longas reuniões e pouca execução de fato.

 

Na Amazon, há a busca por simplificar o que é complexo, inovar mais com menos.

 

Segundo o autor, “[…] a empresa toda adota a “frugalidade” como um dos seus princípios de liderança, porque isso ‘estimula a engenhosidade, a autossuficiência e a invenção'”.

 

Ideias sofisticadas são bem-vindas, mas as ideias de soluções simples para problemas complexos têm grande valor e atesta que para inovarmos, basta alimentarmos a nossa criatividade.

 

Lição: muitas pessoas acham que inovar é algo difícil e adotam essa desculpa de complexidade como um limitador para a inovação, mas na verdade, simplificar as soluções e processos com frugalidade e criatividade pode ser a base para o sucesso.

 

A verdade é que a leitura desse livro renderá mais alguns bons posts com reflexões importantes sobre a marca mais valiosa do mundo e de que modo podemos aprender com as lições de Bezos.

 

Se você já leu o livro e tem alguma contribuição a fazer, comente neste post ou me mande uma mensagem no Instagram. Vou adorar conversar sobre isso!